É mais do que uma tatuagem, é um Ritual de Expressão. Um traço que nasce do coração, da alma e transborda pelo corpo em formas livres e intuitivas. É a energia do feminino fluindo em cada curva, cada espaço ocupado, cada caminho traçado na pele…
Aqui, a tatuagem é movimento, como uma dança , os traços vão se entrelaçando sobre a pele. Se encontram e desencontram em um balançar suave de curvas fluidas, leves e potentes.
A técnica utilizada:
Freehand (Performer Tattoo)
Nada de decalques. A arte nasce no momento que a tinta encontra a pele. Sim, a arte é criada, diretamente, sobre a pele, utilizando canetas hidrográficas e/ou pincéis antes de eternizar com a máquina de tatuagem.
O processo é um Ritual Sensorial. Você me conta sua história e colocamos para tocar uma música que tenha um significado especial para você. E então, deixamos fluir. A tinta acompanha as batidas da música, o ritmo da respiração e os movimentos do seu corpo.
Cada traço é único, cada instante é sentido e escutado!
Fluidez… Como um rio, que nunca passa duas vezes pelo mesmo lugar, cada tatuagem é única, não se repete. É exclusiva e carregada de significado.
Sem formas definidas, apenas traços que contarão o que a sua pele quer transbordar.
É sobre se permitir, se expressar, se libertar…
“A abstração permite que o homem veja com sua mente o que ele não pode ver fisicamente com seus olhos”. Arshile Gorky
A Pintura como Poesia: A Visão de Kandinsky
Para Kandinsky, toda pintura verdadeira é poesia. Mas poesia não se limita às palavras – ela se manifesta nas cores, organizadas e compostas com intuição e alma. Tanto a pintura quanto a poesia compartilham a mesma essência: sentir, expressar e transformar.
A arte é mais do que representação. Kandinsky acreditava na ressonância interior das cores, formas, sons e palavras – um conceito inspirado na tradição chinesa, que vê esses elementos como portadores de uma aura, um impacto sutil, mas poderoso, na alma do espectador.
Sinestesia e Arte:
A arte é um espaço de presença espiritual. Através da música, Kandinsky via cores emergindo diante de seus olhos – uma experiência sinestésica que unia os sentidos e revelava um universo invisível. Para ele, a arte não deveria se limitar à realidade visível, mas sim explorar o que está além dela.
Cores não são apenas um reflexo do mundo exterior, mas uma vibração interna, um impacto emocional. Ele via na arte uma força vital, uma expressão da verdade interior do artista e de quem a contempla.
Para além do figurativo:
“Eliminando a figuração, ampliamos as possibilidades da arte.” Kandinsky libertou a pintura das amarras da aparência, focando no significado oculto das coisas.
- Impressões: a observação do mundo, captada pelo olhar sensível do artista.
- Improvisações: a expressão espontânea da natureza interior.
- Composições: a fusão entre consciente e inconsciente, entre o interno e o externo.
A arte, para Kandinsky, nasce da necessidade interior do artista, da intuição pura. É um reflexo da alma – um universo invisível que se materializa em tons, sombras, pontos e linhas. Uma sinfonia de cores que ecoa dentro de nós.